Se o mundo é digital, a saúde também é!

A incerteza é a única certeza que tivemos durante os últimos anos de pandemia. Com olhos no futuro, damos passos, muitas vezes incertos, rumo a uma realidade ainda mais digital, onde o online e o offline se conversam de maneira fluida, leve e natural.  

E essa realidade híbrida, tão falada nos últimos tempos, também tomou conta da saúde. Neste contexto, é impossível não citar a pandemia, um verdadeiro “wake up call”, ou seja, um momento de reflexão em que repensamos a forma de atuar e aceleramos ideias inovadoras que já existiam, mas foram impulsionadas por causa da necessidade repentina de encontrar soluções rápidas e eficientes.

A chamada saúde digital é parte desse contexto também. O que queremos dizer com “saúde digital”? Segundo a ABIIS (Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde), por exemplo, ela aplica tecnologia da informação em diagnóstico, atendimento, automonitoramento, educação e prestação de serviços remotos.

Saúde digital é uma tendência que se apresenta há alguns anos e que, com a pandemia, acabou se acelerando. É sinônimo de empoderamento do paciente e de todos os atores da cadeia. 

Em 2022, nós que trabalhamos na área da saúde, com a meta de empoderar ainda mais nossos clientes, vamos colher os benefícios de tudo o que plantamos ao longo desse período.

Esses aprendizados nos mostraram que transformações estruturais são fundamentais para o processo de digitalização. 

INOVAÇÃO PEDE POR TRANSFORMAÇÕES ESTRUTURAIS 

A aceleração de processos digitais dentro da indústria da saúde nos últimos dois anos foi, por um lado, muito benéfica. Por outro, ela ainda pede por mais transformações estruturais dentro das empresas.

Estamos falando de criar estruturas de dados sólida, de sistemas de arquitetura que não tenham instabilidade, para que as soluções desenvolvidas sejam eficientes e entreguem a melhor experiência aos clientes.

A tendência este ano é, portanto, que as empresas consigam focar nisso e dar mais robustez para suas estruturas, repensando seu formato futuro.

A Bayer, claro, está em uma forte mudança nessa direção. Na América Latina, por exemplo, isso se refletiu na criação de uma área de Transformação Digital da divisão Farmacêutica, que já aconteceu lá em 2020.

É uma posição inédita no setor de Tecnologia da Informação da companhia. Essas mudanças estruturais implicam em uma mudança cultural também, que se reflete em várias frentes, incluindo as seguintes:  

-> Capacitação e Liderança: estamos nos estruturando para garantir agilidade, flexibilidade e dinamismo em nossa resposta, para criar soluções que vão ter impacto nas vidas dos nossos pacientes, médicos e cuidadores.

Para isso, é essencial treinar o time e inspirar líderes, investindo em capacitação. Esse foi, inclusive, um dos pilares que criei para nossa área de transformação digital quando ela surgiu há pouco menos de dois anos.

O objetivo aqui é desenvolver as capacidades das pessoas para esse futuro mais digital – principalmente, das lideranças.

Queremos líderes com um “mindset” inovador, que consigam mudar nos pequenos momentos do dia, não só nas grandes coisas. Abertos para novas formas de se trabalhar e desenvolver soluções.

Por isso, investimos em treinamentos imersivos sobre digital para mais de 60 líderes da organização, contemplando um braço de democratização de informação para toda a empresa, em um modelo inédito de criar experts sobre temas específicos dentro de casa – por exemplo, especialistas em analytics, machine learning e liderança em época digital. 

-> Agilidade de experimentação e humanização da experiência dos clientes: esses dois pilares são essenciais. A experimentação vai ser algo cada vez mais presente dentro das empresas, criando-se mais canais e, assim, permitindo o desenvolvimento de soluções mais assertivas.

E, por esse mesmo motivo, o entendimento dos clientes também vai ser fundamental. Neste caso, estamos falando de dados, que nos ajudam a entender mais a fundo os desejos e necessidades dos nossos clientes e, assim, criar soluções que os atendam melhor.

A Bayer já tem, inclusive, um ótimo exemplo de solução desenvolvida pelo time de transformação digital. Trata-se do Universo Médico, uma plataforma lançada no ano passado.

Começamos a desenvolvê-la em 2020 e, menos de um ano depois, já estava pronta! Ela foi feita pensando nas necessidades dos médicos, com conteúdo técnico e, também, mais geral, para ajudá-los em diversas questões da vida profissional – como gestão financeira do negócio, por exemplo.

Investimos muito para que nossa plataforma fosse intuitiva e fácil de navegar. Além disso, com tecnologia de machine learning, conseguimos ir coletando dados e adaptando os conteúdos de acordo com a preferência de cada usuário.

Já temos mais de 9 mil médicos cadastrados no Universo Médico, que se engajam por cerca de 20 minutos por visita dentro da plataforma. 

Mas ainda há muito no que investir e muitas tendências para ficar de olho.

A inteligência artificial, por exemplo, é outra menina dos olhos para a Bayer e para o mercado como um todo. Por isso, já em 2020, iniciamos uma parceria para acelerar a startup Mindify, que utiliza a IA para simplificar o processo de coleta de dados clínicos durante as consultas, validá-los e até sugerir hipóteses diagnósticas – ajudando o médico, dando mais tempo aos pacientes e otimizando os atendimentos nas redes privada e pública de saúde.

Muito além de desenvolver nossas próprias soluções, também contamos com parceiros como a Mindify, que serão essenciais para o avanço da transformação digital no nosso negócio.

Com isso, finalizo meu texto chamando vocês, entusiastas da saúde digital, a compartilharem comigo ideias, sugestões e dúvidas sobre o tema. Será um prazer trocar, compartilhar e pensar fora da caixa!

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Niyantri Ramakrishnan é diretora de transformação digital da divisão Farmacêutica da Bayer no Brasil e América Latina