• Como é o plano da Takeda que promete beneficiar mais de 3 milhões de brasileiros com acesso a tratamentos inovadores

    Rodrigo Oliveira é diretor-executivo de Business Operation da Takeda no Brasil
    Jose Renato Junior | 24 mar 2022

    O Brasil é um mercado muito importante para o setor de saúde. Afinal, são mais de 212 milhões de habitantes que, em algum momento, irão precisar de ajuda médica. 

    Mas, como bem sabemos, nem todos têm acesso a bons tratamentos. Com esse olhar para países emergentes e com grande potencial de expansão, a Takeda, uma biofarmacêutica com 240 anos de história e cerca de 47 mil funcionários em 80 países, criou o chamado Plano Aspiracional.

    Ao lado da China e da Índia, o Brasil foi o escolhido para fazer parte deste projeto, que promete beneficiar mais de 3 milhões de pessoas aqui até 2025 por meio de tratamentos inovadores. 

    “Começamos a olhar para o mercado emergente com muito carinho, pois, além de representar boa parte da população mundial, ele também possui grandes barreiras de acesso a terapias, que precisam ser derrubadas”, explica Rodrigo Oliveira, diretor-executivo de Business Operations da empresa.

    Para Abner Lobão, diretor médico da Takeda no Brasil, neste contexto, a farmacêutica foi pioneira no desenvolvimento de estratégias de precificação equitativas. 

    “Levamos em consideração pontos como: a realidade do país em relação à carga, ou prevalência da doença, nível de desigualdade, tipo de sistema de saúde, sistemas de financiamento público e análise de custos, reforçando nosso compromisso de proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes por meio do acesso a tratamentos inovadores”, esclarece.

    De acordo com Rodrigo, o país passa a ser escolhido como um lugar chave para fazer esta transformação, porque, além de ser um mercado muito importante para a farmacêutica, tem também muitos pacientes que podem ser servidos. 

    “Além de ampliar o acesso aos tratamentos, queremos posicionar o Brasil como uma das principais operações da farmacêutica no mundo e continuar entre as 10 principais empresas do setor por aqui. Hoje, o país já é a primeira associada em mercados emergentes”, conta. 

    Além disso, o Plano Aspiracional também prevê a redução da jornada do paciente. Ou seja, que a procura por ajuda médica, o diagnóstico e a indicação da terapia adequada sejam todos feitos o mais rápido possível.

    PASSO 1: LEVAR CONHECIMENTO AO PROFISSIONAL DE SAÚDE

    Para chegar em tal feito, o primeiro passo é levar conhecimento aos profissionais da saúde ao apresentar as novas terapias que estão chegando no mercado brasileiro em diferentes frentes.

    São elas: gastroenterologia, oncologia, neurociência, hematologia, doenças raras e vacinas. “Estamos prevendo lançar mais 14 medicamentos, ou novas indicações, até o final de março de 2023”, afirma Lobão. 

    Para isso, a tecnologia é uma grande aliada. “Durante a pandemia, experimentamos novas formas de comunicação mais produtivas com os profissionais da saúde por meio de plataformas online. E já estamos fazendo esta transformação digital na maneira como engajamos a sociedade médica”, diz Rodrigo. 

    Para isso, o Plano Aspiracional criou a área chamada de Divisão Interna de Estratégia Digital, que tem por missão repensar como realizar as divulgações científicas da forma mais efetiva possível.

    Então, para este ano, a ideia é que, para cada tratamento oferecido, cerca de 57% do investimento em divulgação científica seja dedicado a canais digitais. 

    “Fizemos várias pesquisas e uma delas nos indicou que no pós-pandemia em torno de 42% dos médicos gostariam de se relacionar virtualmente, ou seja, continuar da maneira como estávamos conduzindo este contato”, diz o diretor executivo. 

    “E isso nos dá uma ideia de que o modelo de interação remoto veio para ficar também na relação farmacêutica com profissionais da saúde. Assim, desenvolvemos nossa estratégica no meio digital.”

    Mas Rodrigo ressalta que a ideia não é substituir o presencial pelo digital, mas sim entender de que maneira as divulgações científicas podem ser mais assertivas. 

    “Afinal, alguns especialistas não terão muito acesso à internet, a depender da localidade. Então, não vamos excluir a interação presencial”, diz. 

    “Já outros profissionais preferem algo misto: evento virtual, mas conversar presencialmente, e tem quem prefira somente o contato remoto. Vamos respeitar e preparar encontros de todas essas formas.” 

    MISSÃO: CRIAR TRATAMENTO NOVO, MAS DIVULGAR BEM AS DROGAS

    Independentemente de ser cara a cara ou remotamente, o ponto principal é melhorar a educação médica para aumentar a possiblidade de o paciente ser diagnosticado melhor e antes. 

    Assim, as chances de cura, ou de manter a enfermidade controlada, crescem bastante, o que contribui para o bem-estar do paciente. 

    “O nosso papel não é só desenvolver o medicamento, mas também ter um compromisso claro com as doenças para que estas drogas sejam divulgadas da forma mais correta possível, e os profissionais da saúde possam fazer o papel deles, que é o cuidado com a saúde, usando as terapias disponíveis”, diz Rodrigo.

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