• Hospital Alemão Oswaldo Cruz inova no tratamento de doenças da próstata 

    José Pontes Júnior, urologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. (Foto: Divulgação)
    José Pontes Júnior, urologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. (Foto: Divulgação)
    Future Health | 17 set 2025

    Fusão de imagens em biópsias de próstata para o diagnóstico de câncer, abordagens minimamente invasivas, cirurgias robóticas, recursos de proteção tecidual durante a radioterapia e diversidade terapêutica para o tratamento de hiperplasia prostática benigna são alguns dos principais recursos do Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC). 

    Aliando a expertise de um corpo clínico e de uma equipe assistencial de referência às tecnologias mais avançadas, o Centro oferece atendimento personalizado de excelência durante toda a jornada dos pacientes.

    Com mais de 1.700 intervenções realizadas entre 2023 e 2024, o HOAC consolidou-se como um dos centros que mais realizam biópsias de próstata no país. 

    Em 63% dos casos, a equipe utilizou a técnica de fusão de imagens com a combinação entre ressonância magnética e ultrassonografia que permite localizar com mais exatidão as áreas suspeitas, aumentando a assertividade do diagnóstico.

    Outro avanço importante é a utilização da biópsia transperineal, abordagem minimamente invasiva que acessa a próstata pela região do períneo, com menor risco de infecções e de sangramento em comparação à via transretal. Somente no primeiro semestre deste ano foram realizados 400 procedimentos dessa modalidade.

    “Com a fusão de imagens e o acesso transperineal, temos maior precisão e segurança. Isso impacta na qualidade do diagnóstico, reduz o número de punções e diminui complicações. Nosso compromisso é com o melhor cuidado possível, desde o início da jornada do paciente”, destaca o Dr. José Pontes Júnior, urologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

    Hiperplasia prostática benigna

    A hiperplasia benigna da próstata é uma condição comum ao envelhecimento masculino e consiste no aumento da glândula que pode causar dificuldades ou urgência urinária. 

    Geralmente, o crescimento da próstata é percebido a partir da quinta década de vida, caracterizada pelo aumento da glândula, ocasionada pelo envelhecimento. O aumento do tecido compromete o canal da uretra, dificultando ou impedindo a passagem da urina e facilitando o surgimento de infecções urinárias de repetição. Em condições normais, a próstata pesa cerca de 25 gramas, e quando aumentada, ela pode quadruplicar de tamanho.

    Para essa condição, o Centro Especializado dispõe dos mais modernos e eficazes tratamentos, como o Rezum®, método que consiste na utilização da água, em forma de vapor, a mais de 100 graus Celsius, para reduzir o tamanho da próstata e que diminui drasticamente as chances de ejaculação retrógrada, situação comum entre 90% dos homens submetidos às cirurgias convencionais para hiperplasia – com o método, a chance diminui para algo entre 10% e 15%.  

    Outra tecnologia disponível para o tratamento da hiperplasia prostática benigna (HPB) é o ECHO Laser, terapia minimamente invasiva que utiliza a ablação térmica por laser intersticial guiada por imagem. Esse método promove a vaporização seletiva e precisa do tecido prostático em excesso, preservando as estruturas adjacentes e reduzindo significativamente os riscos associados às cirurgias convencionais.

    O procedimento é realizado com a inserção de fibras ópticas finas diretamente na próstata, guiadas por ultrassonografia transretal em tempo real, o que garante alta precisão no direcionamento da energia laser. A energia liberada pelo laser aquece o tecido-alvo, causando necrose controlada, que posteriormente é reabsorvida pelo organismo. 

    Essa tecnologia oferece uma série de benefícios ao paciente, como menor dor no pós-operatório, redução de sangramentos, menor tempo de internação e recuperação mais rápida, sendo indicada para pacientes que não podem se submeter a procedimentos mais invasivos. Além disso, por ser um tratamento preservador, ele reduz o risco de efeitos colaterais como incontinência urinária e disfunção erétil, comuns em outras abordagens.

    “A escolha por métodos minimamente invasivos traz benefícios perceptíveis ao paciente como menos dor, menor risco de infecção e redução no tempo de uso de sonda, além de recuperação mais rápida. Isso significa mais qualidade de vida no curto e no longo prazo. A tecnologia é nossa aliada para decisões mais seguras e tratamentos mais eficazes”, afirma o Dr. Carlos Passerotti, urologista e cirurgião do Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

    Câncer de próstata

    Terceiro tumor maligno mais frequente no Brasil, o câncer de próstata fica atrás apenas do câncer de pele não melanoma e do câncer de mama, segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer). 

    Nos homens, é o tipo de tumor mais comum, gerando cerca de 72 mil novos casos por ano, segundo estimativa do INCA. 

    A doença tem cura e as chances de sucesso do tratamento aumentam com a detecção precoce do tumor.

    Além do consolidado uso da cirurgia robótica para o tratamento de câncer de próstata, o HAOC dispõe de um arsenal terapêutico para o tratamento integral do paciente, com o uso de alternativas inovadoras, menos agressivas e que preservam a funcionalidade do paciente durante o tratamento oncológico. Entre elas está o SpaceOAR, tecnologia que pode ser usada antes da radioterapia – um dos métodos de tratamento para o câncer de próstata.

    O SpaceOAR, em que OAR significa “órgãos em risco” (do inglês, “Organs at Risk”), consiste em um hidrogel absorvível que é injetado entre a próstata e o reto sob anestesia e pela via transperineal, protegendo principalmente o reto e os tecidos adjacentes à região prostática atingida pela radiação.

    O dispositivo minimiza os efeitos colaterais das sessões de radioterapia – aumento na frequência urinária, diarreia, sangramento retal –, melhorando a recuperação e proporcionando maior conforto e qualidade de vida aos pacientes.

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