• Grupo DNA aposta em dados genéticos para aperfeiçoar a medicina preventiva

    líderes grupo DNA
    Líderes do Grupo DNA (da esq. à dir.): Fernando Hildebrand (COO), Euclides Matheucci (Diretor Científico e de Inovação), Adriana Medaglia (Diretora de Tecnologia) e Rodrigo Matheucci (CEO). (Foto: Divulgação)
    Jose Renato Junior | 8 jun 2022

    O estudo dos genes vem ocupando cada vez mais espaço dentro das análises clínicas a fim de ajudar pacientes e médicos no diagnóstico mais rápido e preciso das doenças. E o Grupo DNA atua nesse contexto desde sua fundação, em 1996. 

    A empresa, sediada em São Carlos, no interior paulista, conta com um laboratório de biotecnologia, o DNA Consult, que realiza exames clínicos, como para Covid-19 e influenza A, testes toxicológicos, de paternidade anônima, dentre outros. 

    Mais recentemente, a empresa expandiu sua atuação, que resultou em um novo braço da companhia: a DNA Club. “Essa frente é dedicada à pesquisa e desenvolvimento, produção e comercialização de kits para análise de DNA, utilizando as tecnologia de PCR, qPRC, sequenciamento Sanger e NGS”, esclarece Euclides Matheucci, diretor científico e de inovação do Grupo DNA.

    Euclides Matheucci - Grupo DNA
    Euclides Matheucci, diretor científico e de inovação do Grupo DNA. (Foto: Divulgação)

    A DNA Club oferece exames de mapeamento genético aplicáveis em diversas áreas da saúde, especialmente como base de dados para a indicação de tratamentos preventivos. Matheucci comenta:

    “A tecnologia da DNA Club é voltada à medicina preventiva, que é uma forma de melhorar a qualidade de vida das pessoas por meio da identificação de determinadas predisposições genéticas.” 

    Matheucci complementa, pontuando que a saúde não se limita ao tratamento do que está diagnosticado. De acordo com o diretor, com o avanço das tecnologias, aumento do acesso à informação e desenvolvimento de pesquisas científicas, é possível antecipar problemas. 

    “Unimos o Digital Health com genética, duas áreas de importância crescente para a maneira como se enxerga a medicina. Nossas atividades constantes de pesquisa e curadoria de mutações genéticas para identificar predisposições a diversas condições clínicas é um exemplo”, aponta. 

    “Trabalhar com medicina preventiva é trivial para quem atua na saúde”, aponta.

    Enquanto o modelo de negócios ajuda os pacientes na busca por melhor qualidade de vida, também contribui com quem está do outro lado da mesa de consulta, já que o mapeamento genético é uma ferramenta que complementa as informações coletadas tradicionalmente em consulta. 

    “As informações de risco genético podem nortear a conduta do profissional de saúde. O nutricionista que atende um paciente com risco genético maior que 75% para danos oxidativos, por exemplo, sabe que deve prescrever uma dieta com potencial anti-inflamatório”, argumenta o diretor científico.

    Perspectivas para 2022

    O Grupo DNA já levantou fundos para o desenvolvimento de três projetos. Estes investimentos são provenientes do programa PIPE/FAPESP (Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas).

    “Todos os projetos tiveram em comum a aplicação de técnicas de biologia molecular e análises de bioinformática em inovação científica. Os projetos que aprovamos pelo programa geraram captações entre R$ 300 mil e R$ 1 milhão”, afirma Matheucci.

    Desde 2021, a empresa vem trabalhando para construir uma rede de serviços e produtos personalizados: o ecossistema Club. A ideia é combinar avanços tecnológicos e digitais com a genética e a abordagem sistêmica e interdisciplinar da medicina 4P (cujo nome se baseia nos seguintes quatro pilares: prevenção, predição, personalização e participação).

    “Além disso, temos o lançamento do Pet DNA, que é um novo jeito de ver saúde pet, investir em cuidados preventivos, possibilitar alimentação adequada e viabilizar diagnósticos moleculares para veterinários”, declara Matheucci. 

    Outro avanço da empresa é na educação. O objetivo da DNA School é  capacitar profissionais a trabalhar com mapeamento genético. “Esperamos contribuir para que a saúde esteja mais preparada para a genética e para demonstrar aos profissionais que o cuidado com uma saúde integralizada começa no genoma de cada indivíduo”, conclui Matheucci.

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