• Cirurgia de catarata reduz em até 17% quedas e fraturas em idosos, revela estudo

    Halim Féres Neto, oftalmologista, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e diretor da clínica Prisma Visão.
    Halim Féres Neto, oftalmologista, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e diretor da clínica Prisma Visão.
    Jose Renato Junior | 27 mar 2025

    Uma das cirurgias mais realizadas no mundo, a correção da catarata acaba de ter mais um benefício comprovado: ela pode salvar vidas. Um estudo publicado em março de 2025 no Journal of the American Geriatrics Society acompanhou mais de 840 mil idosos durante 20 anos e concluiu que a extração da catarata está associada à redução de quedas, fraturas graves e hemorragias cerebrais.

    Alguns dos principais achados da pesquisa apontam que a remoção de catarata está associada a:

    • Redução de 17% no risco geral de quedas;

    • 9% a menos de quedas com fraturas no tornozelo;

    • Ocorrência 7% menor de fraturas de quadril e punho;

    • 11% a menos de casos de hemorragias intracranianas.

    “O risco de morte em um ano após uma fratura de fêmur pode chegar a 25% entre idosos. Qualquer medida preventiva que reduza quedas tem impacto direto na sobrevida e na autonomia dessas pessoas”, explica Halim Féres Neto, oftalmologista, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e diretor da clínica Prisma Visão.

    O estudo também reforça que muitos pacientes chegam tarde para avaliação oftalmológica. “Há idosos com visão comprometida por catarata que simplesmente não percebem o grau de perda visual. E isso aumenta os riscos de tropeços e de acidentes”, diz o especialista.

    A catarata é uma opacificação do cristalino que afeta a maioria das pessoas após os 60 anos. A cirurgia é rápida, segura e feita com anestesia local — e pode devolver em poucos dias uma visão mais clara, nítida e funcional.

    “Cuidar da visão não é apenas uma questão estética ou de conforto. É uma questão de prevenção. É cuidar da qualidade e da duração da vida”, completa Dr. Halim.

    A dica de ouro do especialista é para que as pessoas levem seus pais ou avós ao oftalmologista uma vez ao ano. Mesmo que eles não se queixem da visão, a catarata evolui de forma lenta e silenciosa. Com diagnóstico precoce, a cirurgia pode ser programada com tranquilidade, evitando quedas, fraturas e internações desnecessárias.

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