Desde que a primeira fertilização in vitro foi realizada, em 1978, muita tecnologia foi acoplada ao processo. A ponto de, segundo o ginecologista e obstetra Nelson Antunes Junior, um dos maiores especialistas na técnica do país, na década de 1980 a taxa de gravidez com o método ser em torno de 8% em mulheres abaixo de 35 anos – e, hoje, ela alcançar 67%.
Outra inovação, esta mais recente, está revolucionando novamente o universo da reprodução assistida: a criopreservação de óvulos.
“Descobriu-se que o que envelhece são os ovários e o óvulo, não o útero”, afirmou Nelson na terceira edição do Future Health Talks, que aconteceu em 9 de novembro.
Participaram também do evento, cujo tema foi “Como a inovação está revolucionando a maternidade e a relação da mulher com a sua saúde”, a também ginecologista e obstetra Fabiana Sanches, gerente médica de General Medicines para a Sanofi Brasil, e Nathalia Goulart, diretora de Experiência da Bloom.
Cerca de 15% da população não pode ter filhos por problemas de infertilidade. A técnica de fertilização, no entanto, ainda é, como diz Nelson, “elitista”, já que grande parte da população não tem acesso a ela.
Pelo tamanho da população do país, o recomendado pelas organizações de saúde era que fizéssemos cerca de 300 mil casos de reprodução assistida por ano. “Mas nós fazemos apenas 46 mil”, diz Nelson.
A conversa ainda trouxe à tona o papel das empresas na jornada de maternidade (ou da parentalidade) e o da indústria farmacêutica não só para abastecer o mercado de tratamentos inovadores para a fertilidade e a saúde feminina, mas também como provedora de outros serviços de saúde ao paciente, como informação de conteúdo e espaços para troca e compartilhamento de experiências, entre vários outros assuntos.
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