• Fitbit Sense: conheça a última versão do wearable que o Google comprou por US$ 2 bi para dominar o mercado de saúde e fitness

    Conheça no infográfico as principais funcionalidades da versão mais recente do dispositivo vestível; segmento tem projeção de crescimento de 15% neste ano, apesar da retração da economia
    Jose Renato Junior | 6 nov 2020

    Em um mundo totalmente conectado e em plena pandemia, com informações sendo despejadas aos montes – além das redes sociais servindo de vitrine para exposição de corpos perfeitos –, não é de se estranhar que as pessoas estejam cada vez mais preocupadas com seus hábitos de saúde. 

    Cuidados com a alimentação e a prática de atividades físicas vêm fazendo parte cada vez mais da realidade de muita gente. Para se ter uma ideia, o mercado fitness deve atingir globalmente a receita de US$ 22,537 bilhões este ano, segundo uma pesquisa feita pela Statista, empresa alemã especializada em dados de consumo. 

    O maior segmento do mercado são os dispositivos vestíveis, ou wearables, que tem projeção de alcançar U$ 18,984 bi neste ano. De acordo com o IDC (International Data Corporation), a estimativa de crescimento do mercado de wearables é de 15%, apesar do cenário de retração da economia devido à pandemia.

    Dando uma rápida olhada nesses números, não fica difícil compreender por que o gigante Google decidiu investir pesado nesse mercado, desembolsando US$ 2,1 bilhões na compra da empresa Fitbit, grande player no mercado de pulseiras e relógios inteligentes. 

    Apesar de já contar com aplicativos como Google Fit e o Wear OS, o Google não tinha seu próprio hardware. Além disso, a Fitbit traz consigo mais de 28 milhões de usuários, que podem agregar muitas informações ao Wear OS. Outra vantagem da Fitbit em relação aos concorrentes Apple e Samsung é a autonomia da bateria, que pode chegar a 6 dias, dependendo do modelo do aparelho.

    No entanto, a aquisição da Fitbit pelo Google gerou uma preocupação no que diz respeito ao sigilo dos dados dos usuários e levou reguladores antitruste da União Europeia, Estados Unidos, Brasil e outras jurisdições a investigar a fusão bilionária. 

    A preocupação é que a empresa use os dados da Fitbit, somado aos que já possui, para aumentar seu domínio inclusive em outros segmentos – e também se utilize disso para vendas de publicidade. A investigação deve prosseguir até janeiro de 2021 e pode aprovar, bloquear ou ainda impor concessões para o fechamento do negócio.

    USO NO COMBATE À COVID-19

    Outro uso recente do dispositivo Fitbit, assim como wearables de outras marcas, é em pesquisas para auxiliar na detecção precoce do coronavírus. Estudiosos da Universidade de Medicina de Stanford, na Califórnia, estão à frente de um estudo envolvendo 5 mil pessoas que fazem uso dos vestíveis.

    Trinta e uma delas testaram positivo para Covid-19 e, em todos os casos, os dados coletados indicaram infecção cerca de três dias antes do surgimento dos primeiros sintomas. Informações como frequência cardíaca, respiratória e outros indicadores alertaram para o início da doença. 

    A Fitbit também está realizando sua própria pesquisa para entender como seus acessórios podem ajudar a reconhecer os primeiros sinais da Covid-19, com a participação de 100 mil voluntários, incluindo 12 mil pessoas testadas positivamente com o vírus. 

    Veja no infográfico abaixo as diversas funcionalidades deste wearable:

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